sábado, 29 de novembro de 2014

Estudo dirigido

Aparelho Reprodutor

Aparelho reprodutor feminino

Imagens: Anatomia dos animais domésticos, Volume 2, Sisson/Grossman, 5ª edição.

                As pacientes que chegam com problemas no aparelho reprodutor geralmente têm as seguintes queixas relatadas pelos proprietários: corrimento vaginal, lambeduras constantes, odor desagradável, machucados, comportamento materno, aumento de volume abdominal, cios frequentes, alterações em tamanho e consistência dos tetos, produção contínua de leite.
Na anamnese, além das perguntas de triagem, devem ser levantadas as seguintes questões:
·        Quando começaram a aparecer as alterações;
·        Se a Paciente já teve filhotes, se ocorreu tudo bem no parto tanto com ela quanto os filhotes;
·        Quando foi o último cio, e se foi usado algum método contraceptivo ou abortivo;
·        Se a paciente recebeu algum tipo de medicamento farmacêutico ou caseiro, se houve alteração em dieta, ocorreu algum episódio de estresse (acesso á rua, animais estranhos no mesmo ambiente, brigas, alguma outra doença concomitante);
·        Se ocorreu coito, e se os proprietários conhecem o cachorro/gato se está vacinado e livre do doenças;
·        Tempo gestacional.
                No exame físico específico geral avaliar padrões que mostrem se a paciente está apresentando dor, circulação adequada, hidratação, aumento de volume abdominal, temperatura (hipertermia/febre pode ser sugestivo de processo infeccioso, e, hipotermia sugestivo de estado de choque).
                No exame físico específico analisar se há corrimento vaginal, lacerações, congestão ou palidez da mucosa, coaptação dos lábios vulvares, aspecto interno da mucosa, dor. Geralmente esses parâmetros associados aos do exame físico geral e dados coletados na anamnese já diminuem muito a lista de suspeitas, mas para a avaliação dos órgãos internos são necessários a solicitação de exames complementares.
·        Hemograma completo: além de ser um exame complementar de triagem pode ajudar muito para saber o estado do animal, e em que fase se apresenta algum tipo de processo infeccioso, por exemplo na piometra que o exame leucocitário apresenta um número muito alto das células de defesa, essa elevação exacerbada é conhecida como reação leucemóide (leucocitose);
·        Radiografia: mais usado para dar diagnóstico de gestação e fazer apenas uma análise quantitativa dos filhotes, muito requisitado também para analisar metástases causadas pelo tumor de mama;
·        Ultrassom: ideal para avaliar estruturas tubulares e seu conteúdo, o exame de eleição quando há suspeita de piometra, análise dos ovários (corpo lúteo, cistos), ele também faz uma análise qualitativa dos fetos;
·        Citologia vaginal: Usado em suspeita de TVT, para analisar as células que estão se descamando (o TVT, também conhecido como tumor das células redondas, apresenta células em formato oval), também diz em que estado do ciclo estral está a paciente;
·        Avaliação microbiológica do corrimento: para saber que agentes estão presentes e poder instituir a forma de tratamento mais adequada;
·        Dosagens hormonais: são exames pedidos quando se há suspeitas muito pontuais em relação ao que a paciente apresenta.




Aparelho reprodutor masculino

Imagens: Anatomia dos animais domésticos, Volume 2, Sisson/Grossman, 5ª edição.


                Os pacientes que chegam com problemas no aparelho reprodutor geralmente têm as seguintes queixas relatadas pelos proprietários: secreção, lambeduras constante, não exposição do pênis, o pênis não volta para dentro do prepúcio, aumento de tamanho, ausência do(s) testículo(s) no escroto, assimetria entre os testículo, dor, machucados.
                Na anamnese, além das perguntas de triagem, devem ser levantadas as seguintes questões:
·        Quando começou o problema;
·        Se o paciente acasalou com alguma cadela e se o proprietário sabe a procedência da mesma;
·        Lembrando que faz parte do aparelho reprodutor a próstata, e como uma das principais afecções é a hiperplasia prostática benigna, ou seja, o aumento da próstata comprimindo o reto questionar o proprietário se há dificuldade na defecação.
                No exame físico específico geral avaliar padrões que mostrem se a paciente está apresentando dor, circulação adequada, hidratação, aumento de volume abdominal, temperatura (hipertermia/febre pode ser sugestivo de processo infeccioso, e, hipotermia sugestivo de estado de choque).
                No exame físico especifico analisar o prepúcio, expor o pênis, avaliar simetria dos testículos, presença de aderência entre o pênis e prepúcio e entre o escroto e o testículo, presença de corrimento, dor durante a palpação. Avaliar região perineal para ver se há presença de volume (a força feita ao defecar devido à compressão do reto pela próstata pode causar hérnia perineal), se houver suspeita da hiperplasia prostática benigna pode ser feito o toque digital. De exames complementares podem ser pedidos:
·        Hemograma completo: além de ser um exame complementar de triagem pode ajudar muito para saber o estado do animal, e em que fase se apresenta algum tipo de processo infeccioso.
·        Radiografia: para visualizar a próstata, osso peniano e procurar metástases provenientes da hiperplasia prostática benigna;
·        Ultrassom: usado para avaliar a próstata, testículos e epidídimo.
·        Citologia da glande: Usado em suspeita de TVT, para analisar as células que estão se descamando (o TVT, também conhecido como tumor das células redondas, apresenta células em formato oval);
·        Avaliação microbiológica: do corrimento: para saber que agentes estão presentes e poder instituir a forma de tratamento mais adequada;
·        Dosagens hormonais: são exames pedidos quando se há suspeitas muito pontuais em relação ao que a paciente apresenta.
·        Avaliação espermática: analisar os espermatozoides e qualificar o animal como um bom reprodutor ou não.I

magens Medicina Interna de Pequenos Animais, Nelson & Couto, 2010, 4ª edição.

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