As diversas
técnicas de contenção fazem parte da rotina dos veterinários, pois alguns
animais pelo seu temperamento, ansiedade, medo e dor necessitam ser contidos,
ou seja, imobilizados ou incapacitados de causar acidentes e fugas.
A contenção,
seja ela física ou química, necessita garantir a segurança do animal, segurança
do examinador e auxiliar, e permitir que o exame seja realizado de forma
eficiente.
O ato de
conter não se inicia na hora do exame ou procedimento, é um processo que se
inicia desde o primeiro contato com o animal, observando seus limites, seu
comportamento no ambiente e a interação com outras pessoas que não sejam seu
proprietário. Essa primeira observação já consegue dar a ideia do tipo de
contenção que precisa ser realizada.
É importante
que o paciente sinta segurança por parte do veterinário e auxiliar, isso pode
ser feito já durante a anamnese deixando o animal à vontade no consultório para
reconhecer o ambiente e as pessoas. Já na hora do exame começa-se avaliando
padrões que causem o mínimo de desconforto como turgor de pele e auscultação, e
deixar para o final os exames que possam gerar desconforto como manipulação do
estruturar sensíveis, palpação abdominal, termometria.
Além do ato de
contenção o veterinário, a equipe e o ambiente devem ser preparados. No caso do
ambiente, ser quieto, temperatura agradável para minimizar o estresse, portas e
janelas fechadas ou inacessíveis, pois o paciente pode ter uma forma de escape
que pode dificultar a contenção.
Outro ponto
chave, algumas vezes, o mais complicados é a relação com os proprietários, que
devido a atitudes superproteras não entendem as técnicas de contenção usadas
sejam para o bem do paciente e interpretem como forma de agressão, ou como em
muitas vezes a necessidade da ajuda do proprietário para contenção, e o mesmo,
sem experiência, pode causar acidentes machucando o animal, a si mesmo e ao
veterinário. Por isso há necessidade do diálogo com o proprietário antes da
contenção do animal.
A avaliação dos
padrões para o diagnóstico é essencial, porém a contenção, tanto física quanto
química, alteram valores como frequência cardíaca e respiratória, temperatura,
sensibilidade, seja pelo estresse gerado ou pela ação farmacológica dos
tranquilizantes, sedativos e/ou anestésicos.
Nos gatos, a
contenção é fundamental, pois, apesar da calma aparente, eles se desvencilham,
arranham, mordem e fogem. A fim de evitar esse inconveniente, deve-se aplicar
esparadrapo nas unhas do felino e utilizar a contenção com a toalha no pescoço
(o dedo indicador deve ser posicionado dentro da toalha) e conter os membros
posteriores, como mostrado na figura. (MASSONE, 2011)
Em cães, a
contenção é uma operação bem mais fácil, pois é uma espécie mais submissa.
Neles, a colocação da mordaça, o decúbito lateral e a e a imobilização do
membro em contato com a mesa simultaneamente da cabeça já são
suficientes.(MASSONE, 2011)
Também há
objetos que facilitam a contenção física dos animais como a mordaça, a
focinheira e a máscara, para evitar mordidas. O cambão para pegar e conduzir
cães agressivos que exijam manipulação à distância. As gaiolas de contenção
para felinos que os imobiliza contra as grades e facilita a administração de
medicamentos injetáveis. E a técnica de enrolar o gato com uma toalha a fim de
restringir seus movimentos e evitar arranhões e mordidas.
Fonte: Blog Dog Master |
Fonte: Blog Dicas peludas |
Fonte: Blog Felinos urbanos |
Fonte: Blog Dicas peludas |
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